27 de abr. de 2008

autómato X automatizados II

A máxima de que somos insubstituíveis, pra mim é falsa, no que tange o absolutismo da palavra. Somos sim substituíveis na nossa força de trabalho, que seja por outrem ou por uma máquina. Mas no cerne nosso, jamais seremos substituíveis, o nosso cerne é formado pela alma, alma esta que grita, declama para o mundo exterior, eu existo. Carregada de emoções, sentimentos, essa é a nossa alma. A maquina pode sim, reproduzir uma lágrima, um sorriso, ou mesmo uma expressão de dor, mas tudo não passara de apenas, meras instruções algorítmicas, inseridas em uma placa de CI, para mostrar uma mentira perfeitos, planejada, arquitetada por alguém. Lembro aqui, algumas películas do cinema, que tentam mostrar que as máquinas um dia vão ter sentimentos, desejos e sonhos: O HOMEM BI CENTENÁRIO, IA, EU ROBÔ, ou ainda da literatura clássica infantil Pinnocchio o boneco de madeira que queria ser gente. Ser gente é fácil, o difícil é ser HUMANO. Ser Humano, e carregar dentro de si a lagrima da dor, a lagrima da alegria, a lagrima da ira, a pureza do olhar, o arrepio do toque, aquele calafrio na barriga quando se gosta de alguém, isso é ser HUMANO. Ser Humano e ter isso tudo dentro de si, e lançar-se no penhasco do desconhecido, arriscar-se em busca de um sonho, mesmo que o sonho seja uma utopia. As máquinas sentem realmente "inveja" de nós simples seres Humanos. Imagine se perdemos isso, ficaríamos ocos por dentro, incompletos, mentirosos imperfeitos, escondidos dentro de nós mesmos. Automatizados no rir, no tocar, no falar...uuurrrrrrrgggggg...) não consigo pensar em nada mais cruel para os humanos do que isso. Por isso, como humano que sou prefiro cultivar a minha capacidade de chorar, sorrir, cantar...

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