Fui almoçar hoje, e quando entrei na copa, me deparei com uma discursão (boa)) sobre, relacionamento entre homem e mulher, e descambou para sexualidade, homossexualidade, percebe-se que almoçar com pessoas inteligentes, faz bem... o Assunto me levou a ver que os relacionamentos estão (pela maioria) fadados a duas situações: 1ª- A pessoa não se envolve com mais ninguém, fica só na pegação ou mesmo sozinha, mas desde que, não tenha envolvimento afetivo efetivo com o outro. Evitando assim a frustração e o medo da rejeição, que "pode ser que venha a acontecer"; 2ª- Ter um relacionamento aberto, onde "é melhor comer um filé acompanhado do que carne de 2ª sozinho", desde que ele/ela volte ta tudo bem, denotando a indulgência do relacionamento, a permissividade perversa para consigo. Ou baseada em uma reciprocidade egoísta, onde tudo que é feito para o parceiro(a), deve ter a mesma intensidade de retorno, e se não existir, é problema certo. Eu sou devoto que temos que lançar mão de outras alternativas, menos egoístas, onde exista a cumplicidade, a parceria entre os amantes, cultivar esses pontos é difícil, "mas quem disse que a vida é fácil..." Temos que estar juntos para compartilhar e não rivalizar... Afirmo, nada como almoçar com pessoas inteligentes...
29 de abr. de 2008
27 de abr. de 2008
Coisas da vida
Outra coisa que me veio a cabeça agora, sabem que estamos cada vez mais empobrecidos de tudo. Cultura musical, teatral, literaria e afetiva. Aonde estão os velhos romanticos, que quando pegavam a pena, das mãos saiam letras perfeitas, arranjos primorosos, arias completas e complexas.
Aonde estão esses poetas e poetisas ? Entramos na geração do fast, das conversas via web, onde sabemos cada vez mais do que se passa pelo outro lado do globo, mas muito menos do que se passa na nossa rua, e por consequência da nossa cultura, que já foi em outrora, tão próspera. Bons tempos aqueles que o amante pedia a amada, "ponha aquela camisola linda, para nos aninharmos a noite..." agora no máximo, o que o parceiro pede é " vamos logo entrar no créu..."
A música falando nisso, virou créu, créu no meu juízo, é a bunda da mulher melancia, que aparece na tv, para levantar um programa semanal de piadas toscas e de péssimo gosto. Esse estado pobre da cultura, é nossa culpa. Estamos privilégiando mais o externo, apreciando a futilidade cada dia mais. E pra que ?
Sei lá, deve ser para dar lucro a industria do butox e do silicone. Ver uma letra de música bem feita, uma peça de teatro com bom roteiro, ou mesmo a sua amada (amado) lhe esperando, não para fazer coisa a noite toda, mas para fazer amor, nas quatro paredes até o dia amanhecer e escurecer de novo, esta ficando, cada vez mais raro. Que saudade daquela camisola...
autómato X automatizados II
A máxima de que somos insubstituíveis, pra mim é falsa, no que tange o absolutismo da palavra. Somos sim substituíveis na nossa força de trabalho, que seja por outrem ou por uma máquina. Mas no cerne nosso, jamais seremos substituíveis, o nosso cerne é formado pela alma, alma esta que grita, declama para o mundo exterior, eu existo. Carregada de emoções, sentimentos, essa é a nossa alma. A maquina pode sim, reproduzir uma lágrima, um sorriso, ou mesmo uma expressão de dor, mas tudo não passara de apenas, meras instruções algorítmicas, inseridas em uma placa de CI, para mostrar uma mentira perfeitos, planejada, arquitetada por alguém. Lembro aqui, algumas películas do cinema, que tentam mostrar que as máquinas um dia vão ter sentimentos, desejos e sonhos: O HOMEM BI CENTENÁRIO, IA, EU ROBÔ, ou ainda da literatura clássica infantil Pinnocchio o boneco de madeira que queria ser gente. Ser gente é fácil, o difícil é ser HUMANO. Ser Humano, e carregar dentro de si a lagrima da dor, a lagrima da alegria, a lagrima da ira, a pureza do olhar, o arrepio do toque, aquele calafrio na barriga quando se gosta de alguém, isso é ser HUMANO. Ser Humano e ter isso tudo dentro de si, e lançar-se no penhasco do desconhecido, arriscar-se em busca de um sonho, mesmo que o sonho seja uma utopia. As máquinas sentem realmente "inveja" de nós simples seres Humanos. Imagine se perdemos isso, ficaríamos ocos por dentro, incompletos, mentirosos imperfeitos, escondidos dentro de nós mesmos. Automatizados no rir, no tocar, no falar...uuurrrrrrrgggggg...) não consigo pensar em nada mais cruel para os humanos do que isso. Por isso, como humano que sou prefiro cultivar a minha capacidade de chorar, sorrir, cantar...
25 de abr. de 2008
autómato X automatizados
Faço-me uma pergunta há anos: Será que somos seres Humanos autómatos ou será que somos seres automatizados ? Pra pensar sobre isso, parto da epistemologia da palavra autómato, que é definida da seguinte forma: Lat. automaton - Gr. autómaton, que se move por si mesmo. E trago essa definição para esclarecer que, significa, a capacidade intrínseca de pensar e agir por si mesmo, já os automatizado define-se assim : Fazer agir maquinalmente, inconscientemente. Essa dialética é crudelíssima, já que cada vez mais, vejo ao meu redor, seres automatizados na sua maior exponenciação, quer seja pelo modismo fútil e hedonista causado pela mídia e/ou pelas relações sociais efêmeras, baseadas em apelos egóicos parcos. Mas o cerne desse questionamento é o seguinte; porque cargas d`agua estamos nos permitindo a essa situação fugaz? Afirmo que, deve-se a responsabilidade, que como apresentei a definição, o agir por si mesmo, leva a causas e conseqüências de forma arrebatadora e incontestável da responsabilidade, de ter uma postura ativa e não passiva, diante o que a sociedade oferece, significando um alto nível de dificuldade, para quem a pratica, visto que carrega em si, a exposição sobre pensamentos e atitudes. O caminho mais fácil sempre é mais sedutor, tornar-me-ei um ser automatizado e ficarei livre para culpar os outros, não serei responsável pelo que digo e penso, ficarei medroso e sempre concordarei ou apoiarei para não ser rejeitado.
Bem esse é o prelúdio, agora o resto só o depois de amanhã vai nos dizer. Até a próxima.
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