18 de set. de 2008

Muito com a Familia



Caros amigos, depois de um longo inverno volto a escrever, escrever sobre como é bom ter e estar e sentir a família perto.

Bem vamos imaginar a seguinte situação, estamos hoje em um determinado lugar, onde vamos receber uma boa remuneração (trabalho fora do Brasil, já que no Brasil é quase impossível), e lá nessa terra estranha, chegamos e somos vistos como sendo extra-terrestres, parece uma comparação absurda, mas não é: Onde um simples bom dia, tem que ser arrancado quase que a forceps, pessoas carrancudas e em algumas oportunidades mal educadas, e você chega em casa, e joga nas quatro paredes um boa noite, e apenas o eco lhe responde. E sem saída, você pega o seu note, liga correndo e conecta a internet, e procura quem esta ON, só que muitos estão OFF, aff tem a porra do fuso horário, mas ae vem a apelação, liga para o Brasil, e diz;"liga o computador, quero falar contigo...", e finalmente alguém ON, pra matar a saudade (BANZO). WebCam ligada, começa a conversa...Conversa essa, "sem pé, nem cabeça", só para passar o tempo e tentar acabar com a solidão, que invade a casa.

Para àqueles que, foram fazer a grande aventura, de emigrar em busca do eldorado, tem o onus (grande) de ter que avaliar, friamente o quanto vale a pena, largar tudo, e partir em prol do bonus da remuneração.

Vale a pena? Respondo essa é uma questão da seguinte forma, é personalissimo. Para uns pode ser um negócio da china, para outros um inferno na terra. Não querendo dizer com isso, que o primeiro grupo seja, insensível as questões de convívio social entre família e amigos, mas sim que os que fazem a opção por ir, têm uma melhor estrutura para trabalhar o desapego, com tais laços, e que percebem isso como sendo uma ponte, para o futuro voltar a essa estrutura de família e amigos. Para o segundo grupo, a preponderância do desejo e apego do estar junto da família, torna inviável a partida, muitas vezes até partem, mas voltam rapidinho, já que o laço afetivo é tão mais forte, que funciona como um imã, para esse grupo a realização pessoal esta em fortalecer os laços de uma forma presente e constante.

Se eu tivesse que me enquadrar, diria que estou na borderline, mas que existe em mim, o desejo maior pelo segundo grupo.

Ouvir o lamento, "vou ficar sozinho..." (meu filho mais velho), foi preponderante a tomada de decisão, de que, o meu lugar é aqui.

Existem vários tipos de ELDORADO, um deles é a FAMÍLIA, e para conquistá-lo não é preciso atravessar o atlântico.

Boa viagem aos Srs. passageiros e até breve.

Um comentário:

CM disse...

Seguindo o seu coração você consegue fazer as escolhas certas...e vc sempre foi assim...por mais que exista um mundo lá fora...o seu mundo maior está em seus filhos...acertei? bjo...e boa viagem para dentro do seu ser.