9 de mai. de 2008

Charges ...


Todos os dias elas aparecem nos jornais, nas revistas, são uma das mais refinadas formas de comunicação, apesar de muitos não apreciarem o conteúdo ali expresso. Particularmente eu sou um consumidor de Charges. Quantos já pararam para perceber que a nossa vida é uma charge, uma caricatura (sem graça) do que a vida deveria ser. Somos charges desprovidas de contexto ou motivação, isso por falta de ação. Vejam, hoje vi a seguinte charge (vou descrever), um cidadão sentado cochilando, na frente da sua tv ligada, no jornal, onde a apresentadora fala o seguinte: "Não desligue a sua tv, vamos falar do caso Dilma Roussef e logo voltaremos a falar sobre o caso Isabela e os travestis de Ronaldinho." Patético, mas uma realidade, estamos sempre dormindo para o que realmente importa, permitindo-nos a manipulação de programas televisivos populescos, que por trás deles, estão grandes organizações querendo apenas faturar (alguns milhões de dólares) em propaganda e as emissoras em vende cotas de publicidade, cujo preço varia mais que o dólar, sempre de acordo com o ibope. A mídia deve sim, nos manter informado sobre o que se passar, dar informação sobre o que aconteceu no/com o caso Isabela (trucidada por algum doente), mas dai, ficar massificando a mesma mensagem por horas sem fim, e praticamente hipnotizando uma nação toda, com apresentadores coléricos, passionais e que ficam fustigando subliminarmente o "olho-por-olho e dente-por-dente", na população. Ou ainda pior, horas e horas de matéria sobre um atleta de futebol rico, que sai na noite carioca, pega três travestis, é roubado (versão dele), vira um caso de imensa relevância nacional. O que é que eu tenho a ver com a sexualidade dele ou você? Nada! Mas passamos a sem querer, a comentar o mesmo assunto repetidamente e inconsciente, até a mídia (os chefões) cansarem, e formatarem outro sucesso de ibope. Se não queremos ser caricaturas pífias de nós mesmo, temos que ter uma mudança atitudinal, procurando saber o que esta acontecendo fora dessa ilha de futilidade chamada mídia. Que tal ler mais, romances, artigos cientificos, jornais, revistas, televisão, mas com olhar crítico, lembro que todos são objetos de consumo, quando abastecemos o carro, nos preocupamos com a qualidade da gasolina, se vamos ao mercado olhamos a validade do que vamos consumir, então vamos fazer o mesmo com a mídia. Quem sabe o nome dos ministros de estado do atual governo? A cena econômica como anda? "...Os Caesar´s sabiam o que faziam, pão e circo para o povo...", hoje em dia é: "Escândalos e bolsa família..." para alienar o povo, e poder ter sobre ele o controle necessário, domínio opressivamente e invisível sobre a população. Charges, elas realmente representam a vida como ela é.

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